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Como atrasar o envelhecimento

Como atrasar o envelhecimento

Pesquisas apontam que a quantidade de calorias ingeridas pode representar o prolongamento do tempo de vida.

A revista Science e a Sociedade Americana de Diabetes publicam pesquisas que apontam que a restrição calórica de 30%, realizada em macacos Rhesus, após o acompanhamento por mais de 20 anos reduziu o aparecimento de doenças cardiovasculares, diabetes e demências cerebrais.

Ao lermos esse estudo já observamos que a ciência não tem dúvidas quanto às vantagens da restrição de calorias. Nossos ancestrais viviam em restrição, já que não havia oferta à vontade, mas hoje criamos, na vida moderna outra forma de alimentação com excessos em quantidade e qualidade alimentar. Excesso de sal, açúcar, gorduras, proteínas. O excesso é a principal causa de doenças inflamatórias e degenerativas, hoje sabidamente conhecidas como demências, câncer, diabetes, doenças do colesterol, síndrome metabólica, doenças articulares e doenças cardiovasculares.

A alteração orgânica acontece na ingesta em excesso de calorias, que sobrecarrega as células (especificamente as mitocôndrias, organelas das células que regulam a energia a ser produzida) e essa sobrecarga aumenta a oxidação dos produtos do metabolismo. A oxidação leva à degeneração e à inflamação.

Nos macacos observou-se que a redução total de calorias, sempre sob controle, nunca com restrições mais altas que 30%, até porque também seria prejudicial, fez um aumento em 80% da sobrevida dos macacos nesses 20 anos de estudo. Aqueles que se alimentavam livremente desenvolveram mais casos de doenças e menos sobrevida.

O que se busca hoje são elementos que associados à restrição na ingesta alimentar possam aumentar a sobrevida, reduzir a oxidação e melhorar as alterações de degeneração e inflamação. Algumas dessas substâncias como o resveratrol (molécula encontrada na casca de algumas uvas escuras e no amendoim) por exemplo auxilia na regeneração celular, já que modula uma proteína conhecida como sirtuína. Porém essa molécula deverá ser usada conforme indicação, em concentrações maiores que aquelas encontradas na uva. Há também o risco de contaminação por fungos do amendoim, que não se aconselha seu consumo puro para alcançar níveis dessa substância com esse objetivo.

Outro elemento estudado são os probióticos, que sabidamente auxiliam na colonização da flora intestinal anti- inflamatória. O seu consumo regular auxilia na construção de defesas contra infecções, além de regularização do ritmo intestinal e, em estudos, a redução na absorção de gorduras.

A associação dessas substâncias aliada ao controle calórico é o que se espera de proteção à saúde a longo prazo, mas precisamos começar a pensar já em nossas vidas como estamos lidando com a oferta alimentar e com a necessidade real do que comemos. Seria necessário tanto anti oxidante?

 

Dra Sharon Rosenthal