A evolução natural do decréscimo hormonal que ocorre na perimenopausa, anos antes da menopausa, é ocorrer a queda dos níveis de progesterona, com a redução no número de óvulos funcionantes, que começa a acontecer após os 40 anos de idade.
Os ciclos menstruais começam a se tornar irregulares, algumas vezes com fluxo menor, outras vezes com fluxo mais abundante. Outras vezes o ciclo não vem e outras ainda vem mais de 2 vezes no mesmo mês.
Nesse momento quando a mulher apresenta queixas de ondas de calor, irritabilidade, vermelhidão e suor intensos, cansaço, insônia, é o momento em que o estrogênio pode estar diminuindo sua produção pelos ovários.
A reposição hormonal no período da perimenopausa e menopausa é realizada com os mesmos hormônios produzidos pelos ovários da mulher. No mercado existem apresentações de uso oral, injetável, percutâneo, nasal ou implantes subcutâneos.
O endocrinologista que realiza esse tratamento está juntamente associado ao ginecologista da mulher, que averiguarão juntos a possibilidade do uso dos hormônios, e que tipo de hormônios essa mulher poderia utilizar para alívio dos sintomas.
Quando se pensa em iniciar uma reposição são necessários a consulta com esses profissionais e exames como a mamografia, complementada se necessário pela ultra sonografia de mamas, a avaliação do útero e ovários e o seguimento semestral, anual ou quando o profissional da área o solicitar.
As contra-indicações do uso de hormônios nesse período são o câncer de endométrio não tratado, o câncer de mama, doenças do fígado agudas e história de trombose venosa. O aumento do risco de câncer de mama ainda é motivo de controvérsias, já que depende do estudo realizado, da dose e do tipo de hormônios utilizados em pesquisas.
O importante é seu médico estar ciente da sua história e indicar o uso se for necessário ao seu caso, mantendo um acompanhamento adequado e frequente.
DRA SHARON RAICHER ROSENTHAL