A disfunção erétil no homem é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção adequada para a prática da relação sexual. Mas esse conceito é diferente da falta ou redução da libido, que é o desejo sexual, que também é diferente da dificuldade de ejacular ou dificuldade em atingir o orgasmo. A libido será discutida em outro artigo específico.
No Brasil mais de 10 milhões de homens têm disfunção erétil e esse número aumenta com a idade. Menos de 10% dos homens abaixo dos 45 anos possuem a queixa, mas quando atingem 70 anos mais de 70% deles tem o quadro.
A ereção integra diversos estímulos para acontecer. Desde os estímulos de desejo, percepção, associados à visão e ao olfato- os chamados estímulos psicogênicos- até o controle físico da inervação simpática e parassimpática que iniciam o impulso e a transmissão neural, os estímulos sensoriais penianos que mantém a ereção, a vascularização cerebral e peniana para iniciar e manter a ereção, a secreção hormonal de testosterona e a inibição da secreção de hormônios que impedem a testosterona de funcionar e a anatomia peniana funcional.
Qualquer alteração nesses fatores pode desencadear o processo de disfunção erétil.
De modo geral, as principais causas são ocasionadas por problemas psicológicos, a ansiedade de um bom desempenho, problemas no relacionamento, estresse e doenças como depressão entre outras também podem atrapalhar.
Doenças que afetam o sistema nervoso como alcoolismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, acidente vascular cerebral, doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, esclerose múltipla reduzem a libido e atrapalham a condução nervosa que ajuda a ereção.
A deficiência de testosterona reduz ereções noturnas e reduz o desejo sexual, e pode comprometer o início da ereção. O aumento da prolactina no homem também reduz os níveis de testosterona e, indiretamente pioram a ereção. Alterações de hormônios da tireóidee diabetes são doenças endócrinas que sabidamente levam ao distúrbio de ereção.
O diabetes mellitus compromete as terminações nervosas, a vascularização, a produção de neurotransmissores além das medicações utilizadas às doenças associadas com hipertensão ou depressão que podem auxiliar nos sintomas.
Outras drogas como anti-hipertensivos, antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos, antiandrogênicos reduzem a libido e atrapalham na manutenção da ereção.
Doenças vasculares como trombose venosa e aterosclerose podem comprometer a circulação e o retorno venoso peniano.
Outras doenças crônicas como a Insuficiência hepática, a insuficiência renal, a angina, o infarto do miocárdio, comprometem a função erétil.
Os especialistas se unem ao diagnóstico dessa enfermidade para investigar causas orgânicas ou psíquicas. O urologista, o endocrinologista, o angiologista, neurologista, terapeuta comportamental, ambos têm seus papéis essenciais para um bom seguimento.
DRA SHARON RAICHER ROSENTHAL