Quando marcamos uma consulta no médico ou em um profissional da área da saúde, muitas vezes não sabemos como isso pode transformar nossas vidas.
Desde o momento em que se pesquisa o profissional o qual irá tirar nossas dúvidas, sanar nossas incertezas, aliviar o nosso sofrimento, até que se consiga o seu contato e é então agendado um encontro, tudo isso já envolve o propósito de que queremos ser ajudados. Envolve a intenção e a coragem para começar. Saber que não somos perfeitos. Que não sabemos tudo e que outro alguém pode compartilhar e de alguma forma mostrar condições de continuar. Ou apoiar a pessoa naquele momento ímpar, que talvez não possa ser dividido com parentes e amigos alguma situação. Uma verdadeira confissão.
O profissional que está realmente envolvido no caso, muitas vezes sem o conhecimento do paciente, se compromete de tal maneira com ele, que leva este momento para sua vida, para seus sonhos, para uma discussão com outros profissionais. E o envolvimento é tal que passa dias refletindo aquilo que se passou na consulta, durante aqueles momentos da confissão. Pois são sinais, sintomas, sentimentos, angústias e resoluções passadas dentro daquela sala de atendimento. Decisões que ambos tomam, o paciente e o seu médico. Mudar hábitos, transformar o seu dia, tomar um ou mais medicamentos, resolver questões com a família, com o companheiro, com o próprio corpo.
Talvez, sem a consulta não conseguiria começar. Ou recomeçar. Ou terminar.
A empatia com aquele que irá tratá-lo é importante. A identificação e a compatibilidade de um ser com outro auxiliam na satisfação da consulta e na continuidade do tratamento. A segurança que o profissional passa, mesmo que este esteja investigando algum problema sem as definitivas respostas, e o interesse sincero pela causa, resultam na adesão a qualquer tratamento. Confiança.
O profissional nota a diferença em seu atendimento e na resposta que isso traz. A formação médica humanística mantém acesa a medicina integral e cria vínculos reais na relação médico-paciente.
Como Ambroise Paré cita sabiamente :...”curar ocasionalmente, aliviar frequentemente, consolar sempre...”.
Ao valor da consulta, estão agregadas todas essas minúcias, que irão desde o início da busca, ao encontro, ao processo, ao vínculo e à evolução desta pessoa.
DRA SHARON RAICHER ROSENTHAL